quarta-feira, 25 de julho de 2012
terça-feira, 24 de julho de 2012
quarta-feira, 18 de julho de 2012
segunda-feira, 16 de julho de 2012
SACO DE RATOS AO VIVO NO DININA CLUB
A NOITE MAIS PHODA DO ANO, O PRIMEIRO SHOW DA BANDA SACO DE RATOS NO DIVINA CLUB, A BANDA MANDOU UM REPERTÓRIO FUDIDO, TEVE ATÉ CAZUZA (PONTO FRACO) ITAMAR ASSUMPÇÃO (DOR ELEGANTE) SEXTA-FEIRA VIROU TERÇA COM ACORDES DE NOITE FELIZ NA GUITA DA RAPAZIADA, O SOM DO CARCARAH NO INTERVALO TAVA TÃO BOM QUE ATÉ O MARIÃO DEU UMA DE FRED ASTAIRE E ARRISCOU UNS PASSINHOS OBRIGADO À TODOS OS AMIGOS QUE COMPARECERAM, FOI UMA NOITE MUITO FELIZ (FOTOS Cris Elias)
SEGUE ABAIXO UM VIDEO FEITO PELO BROTHER GRIMA GRIMALDI QUE REGISTROU TODA A FARRA
sexta-feira, 6 de julho de 2012
DIA SIMPATICO
Tava tocando Easy
Rider e era uma tarde quente, fumamos um antes de sair, mas essa não é qualquer
baganinha sem vergonha não, Lilith me avisou assim que acendeu a bomba, essa eu
trouxe da Bahia mocosada na jaquetinha de couro, uma puta adrenalina no aeroporto!
Ficamos a tarde toda colando cartazes nas vitrines opacas da galeria do rock,
de repente nos sentimos adolescentes, bem vindo ao mundo dos que nunca crescem,
ela me disse envolta por uma aura profética,não dizem poraí que o rock`n roll
rejuvenesce? Então cara, bem vindo à terra do nunca, obviamente, depois dessa
tirada me senti um molecão com um cartaz na mão e um rolinho de fita-crepe no
bolso, mas isso foi fácil, tiramos de letra, difícil mesmo foi achar a porra da
camiseta do Jim Morrison, é isso aí, o fim do mundo está próximo mesmo, e olha
que pra quem me conhece, sabe que essa é uma frase recorrente do meu
repertório, 2012 veio pra fuder com a humanidade, Marianne Faithfull tá a cara
da Dietrich, a Gretchen tá passando o título de piranha pra mulher de
pagodeiro, Corinthians campeão e Tirica vereador, tudo isso pra dizer que não
tinha a porra da camiseta do Jim em lugar nenhum, uma vendedora então foi a
campeã, teve o dom de falar que nem conhecia, Jim o quê? Ela disse com cara de
bosta, nunca ouvi falar, eu é claro, fiquei na minha e sai da loja o mais
rápido possível, trabalhar na galeria e não conhecer The Doors é como ser um
vampiro que nunca leu Bram Stoker, é uma falta gravíssima, imperdoável, dois
hambúrgueres por favor e com bastante queijo e bacon, ela pediu enquanto
ajeitava sua jaquetinha de couro, o serviço havia terminado e nossas pin-ups e
ratazanas estavam sendo distribuídas e comentadas, era vermelho seu esmalte, e
vermelho era também seu batom, ela, que não tinha nada de loira do tchan
(estava mesmo pra Amy Winehouse) deixou uma marca de beijo na boquinha da
garrafa, Lilith adora beber cerveja na garrafa, pensamos em pedir um whisky,
Red Label por falta do bom e velho Jack, mas de boa, uma dose de whisky já é
coisa rara na Galeria, não, tá loca, é cedo demais, a noite ainda nem
começou, eu disse evitando assim nosso coma alcoólico seguido é claro de uma
manhã digna de uma Rê Bordosa, ela concordou e terminamos nossos hambúrgueres
gordos e cardíacos, caprichados de bacon e com maionese extra, o queijo escoria
do pão em nossas mãos e as pessoas à nossa volta falavam muita merda e tomavam
suco de melancia. Foi um dia simpático afinal.
quarta-feira, 4 de julho de 2012
ENTREI EM ESTADO FUNDAMENTAL
As férias mal começaram e terminei ontem o primeiro livro dessa temporada, duas madrugadas foram necessárias para que as desventuras do protagonista de Adriana Brunstein chegassem ao fim (mas será que tudo acaba na página final mesmo?) Basicamente a trama gira em torno de um personagem masculino, o cara deve ter uns 19, 21 anos, nem mais, nem menos, o nome não importa, o que importa de fato é que sua vida é um caos completo, sua família bizarra e a solidão sua melhor amiga. Permeia pelo romance uma personagem chamada Marla, figura misteriosa, branca, com uma tatuagem de cobra no pescoço, uma garota que anda às voltas com a morte e pela qual, o protagonista desenvolve uma estranha empatia.
O romance é desenvolvido principalmente através construção das personagens, os capítulos curtos e ágeis passeiam de um presente sem expectativas até um estado de realidade distorcida pela mente do protagonista, a ação na maioria das vezes é abrupta ao mesmo tempo que abre um leque de subjetividades, um leitor mais atento aos detalhes certamente vai se deliciar com o afiado humor negro da narrativa, não é um livro pra se ler uma única vez e esquecer na prateleira. Estado Fundamental é poesia pura, das boas, Adriana Brunstein nesse livro atinge um retrato cru, porém de uma narrativa sofisticada e visceral.
trecho do livro:
“Minha ineditável garota não sabia andar de bicicleta. Nasceu prematuramente porque não se importava com o tempo. Tinha algumas alegrias que foram curadas na adolescência e sua palidez deixou de ser assunto familiar numa festa de natal em que o peru queimou. Engasgou com seu primeiro baseado e abortou seu único filho. Todo resto, assim como ela, se afogou nos sujos pântanos que se formaram sob os velhos tacos.”
Estado Fundamental, Adriana Brunstein, cap 27, pág 87
O romance é desenvolvido principalmente através construção das personagens, os capítulos curtos e ágeis passeiam de um presente sem expectativas até um estado de realidade distorcida pela mente do protagonista, a ação na maioria das vezes é abrupta ao mesmo tempo que abre um leque de subjetividades, um leitor mais atento aos detalhes certamente vai se deliciar com o afiado humor negro da narrativa, não é um livro pra se ler uma única vez e esquecer na prateleira. Estado Fundamental é poesia pura, das boas, Adriana Brunstein nesse livro atinge um retrato cru, porém de uma narrativa sofisticada e visceral.
trecho do livro:
“Minha ineditável garota não sabia andar de bicicleta. Nasceu prematuramente porque não se importava com o tempo. Tinha algumas alegrias que foram curadas na adolescência e sua palidez deixou de ser assunto familiar numa festa de natal em que o peru queimou. Engasgou com seu primeiro baseado e abortou seu único filho. Todo resto, assim como ela, se afogou nos sujos pântanos que se formaram sob os velhos tacos.”
Estado Fundamental, Adriana Brunstein, cap 27, pág 87
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