domingo, 6 de novembro de 2011

SONETO DO AMOR DESESPERADO n°1




Frases decoradas, pavor vampiro, diurno, latinhas de breja debaixo da pia
Inúteis promessas de foda e ilusões misturadas com a fumaça
Seu gato magrelo e arrastado no meu coturno, ele mia
Não me olhe com essa cara de babaca perguntando o que fazer, faça!

Depois que nosso marllboro acabar
A ponta queimar até o fim
Ponha o último do Cazuza pra tocar
E abra a segunda garrafa de Gim

Podíamos morrer agora, ABSOLUT mente bêbados, baratinados
Ainda assim seria uma morte solene
Levaríamos conosco seus discos da Nina Simone, seus bilhetes amassados

Na boca a farpa do último beijo, na bolsa os filmes do Vincent Price
Todos os livros de Verlaine
Um fardinho de Smirnoff Ice

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