sábado, 15 de dezembro de 2012

BABY DOLL ou BOM DIA SEXTA-FEIRA


Over-dose-girrrrrrl, diva eletrificada do cinema digital, Sônia-braga-abundante, 50 conto de pó em cada narina apertadinha, haxixe-xamã dichavado entre os molares e plataformas da Amy- Winehouse, perfume de Jáh escorrendo pelos poros e Lei di dai cantando nos guetos do mp3. Ele virou pedra com teu olhar baby, virou um zumbizão tipo walking dead deprimido, e seu ol

har era um olhar feroz, olhar de Medusa ordinária e sanguessuga, de mulher filha-da-puta, leoa escandalizante e tropical... no fim é sempre você e eu, resta-nos my baby-doll os night-clubs com baratas voadoras e loiríssimas versões de Summertime, os seguranças embasbacados, as brigas nos caixas, a ganja bem apertada dividida com os exús e outras celebrit`s da noite, nossas caronas surrealistas, as doses do Red paraguayo do Charles Bronson baixo-augusto, o ovo cozido no bar das amistosas, dividido ao meio com uma precisão cirúrgica às cinco da matina, a sinuca de quinta todas as segundas, nosso video-game da década passada, nossas anotações, toneladas de histórias em quadrinhos e todos os discos do Caetano Veloso. MAL-DITA é a noite que dilui as doses, que seca os copos e possui os corpos, MAL-DITA é sua pescaria, por favor baby, as bolas estão todas na mesa, o taco entre os dedos espera a tua jogada e não uma punhetinha, os 27 anos estão te destruindo, a boca do furacão está sugando sua alma com um beijo farpado e a cada noite que passa a vida te corta um membro, um braço, uma orelha, um dedo, toca o foda-se de uma vez, manda tudo pro saco, toma um banho de rosas, grita, esperneia, rí, chora, dança, brinca, vira o diabo e tatua um sorriso na cara, um sorrisão vermelho, batom de puta rampera, lindo, você mesma não fala que viver é foda? Então baby, come a vida de quatro e sem vaselina, dá uns tapinhas na bundona flácida do destino arranca a raiz do futuro com os dentes.









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