sábado, 15 de dezembro de 2012

PÃN-TACULO

O SER, e como ele circula dentro de mim, EU SOU uma multidão de índios que vieram antes no meu nascimento, EU SOU a batida desse mundo errado, um tambor universal que nunca para, a cítara, a flauta, os chocalhos, as guitas e os baixos do meu sub-mundo particular, EU SOU as profecias, os jogos de sinuca, de tarot e de conchas brancas sobre um tecido púrpura, EU SOU os planetas, as Plê
iades, os incensos e as linhas no cristal, os círculos, os sinos e os sinais, os cães, os mendigos, a FOME, a fama. O des-alinho do planetinha azul em meio ao universo surfando nas ondas do CAOS, CAOS, CAOS, ÓDIO, VIOLÊNCIA, ÓDIO, VIOLÊNCIA, CAOS, des-humanizaram a palavra humano, tá tudo errado, tudo sujo, tudo podre, queima Babylonia queima queima, queima Babylonia queima queima, queima Babylonia queima queima ! Shhhhhhhhhhhhhh silêncio no ambiente por favor que Bebel vai cantar. EU quero me enfiar na terra e dormir por quinhentos anos, PAZ, criar raízes, florescer numa cerca qualquer , dar frutos doces, adubar uma plantação de laranjas, quero o silêncio das igrejas em abandono, a sombra das palmeiras, o cio, o ócio, o sagrado, o SER que circula dentro de mim não para, não dorme, não pede, ordena, não se satisfaz com pouco, deseja o TODO, o NADA, o amanhã para ele é tarde demais, ele quer o AGORA, JÁH.






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