Quero deixar bem claro que é só uma amostra dos trampos que eu tô fazendo, as fotos foram tiradas com meu Galaxy, tenho feito muita coisa em A2 (por isso ainda não foi escaneado) tô agora com aquarela e pastel, tô aprendendo ainda na verdade, brevemente devo postar os desenhos em uma qualidade melhor.
sábado, 28 de abril de 2012
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Dois poeminhas cafonas
TRISTES VERSOS DA PUTINHA INCORRIGÍVEL
Tenho como certo que vivo um inverno fora de estação
ando meio calado
fazendo tempo pro desperdício geral da população
acho que até que tô quebrado
Pra você eu não passo de um botão travado
de máquina de pimball
elemento mal intencionado
latinha quente de Skol
E eu que ainda nem mijei minha cerveja
olha só que otário
já corri mais uma vez pra você, veja
não sou mais que uma putinha incorrigível mesmo...caralho
Ou caga...
E eu que nem sou Joana Dark acabei me queimando
na ponta do seu cigarro
e esse nó na garganta? um tumor se formando?
ou é só grosso pigarro?
Vem então meu Artaud
me tortura de uma vez
ou então desaparece, vai ler Foucault
beber leite Ninho e jogar xadrez
(Guilherme Junqueira)
Tenho como certo que vivo um inverno fora de estação
ando meio calado
fazendo tempo pro desperdício geral da população
acho que até que tô quebrado
Pra você eu não passo de um botão travado
de máquina de pimball
elemento mal intencionado
latinha quente de Skol
E eu que ainda nem mijei minha cerveja
olha só que otário
já corri mais uma vez pra você, veja
não sou mais que uma putinha incorrigível mesmo...caralho
Ou caga...
E eu que nem sou Joana Dark acabei me queimando
na ponta do seu cigarro
e esse nó na garganta? um tumor se formando?
ou é só grosso pigarro?
Vem então meu Artaud
me tortura de uma vez
ou então desaparece, vai ler Foucault
beber leite Ninho e jogar xadrez
(Guilherme Junqueira)
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terça-feira, 24 de abril de 2012
Diário das crianças do velho quarteirão, Marcelo Rubens Paiva & e outras histórias
O post da noite tem som de Nina, e o gosto amargo da latinha de Bhrama de cinco reais.
Alfred me ligou e acabou me convencendo, saí finalmente da Bat-caverna, fui pro tal bate-papo do Rubens Paiva no espaço “Cemitério de automóveis”. O cara além de ser super gente boa, pontuou com sinceridade vários momentos de sua carreira literária e teatral, seus acertos e suas (vamos chamar) precipitações.
Sei que pode parecer clichê citar “Feliz ano velho” mas foi o primeiro contato que tive com a escrita do Paiva, na época inclusive minha sala foi obrigada a ler, eu devorei, as meninas se esforçaram, umas até leram de verdade (todas elas que por sinal, se formariam em direito ou em jornalismo anos mais tarde) os meninos só leram a cena de sexo e bateram umas bronhas.Nessa época já tinha lido muita putaria na biblioteca, alias, foi lá mesmo, nos corredores amarelados da velha biblioteca da rodoviária, que eu descobri Henry Miller, Anais Nin, Rimbaud e Virgínia. Certa vez houve até um fato meio constrangedor, a bibliotecária me cutucou, chegou bem pertinho, limpando as lentes gordurosas de seu óculos na manga do casaco, e disse com ar de sacaninha “ Recebemos um livro novo, um livro que ninguém tem ainda, sua cara” . Ela, que tinha os dentes da frente muito tortos e mastigava pastilhas garoto a tarde toda, estendeu-me “ A casa dos budas ditosos”. Tudo isso pra falar que “Feliz ano velho” caiu muito precocemente nas minhas mãos , e numa época em que talvez eu não compreendesse direito o que aquele livro representasse para minha geração anterior, sim porque além de ter status de clássico, vendeu como água na época em que foi lançado.
Hoje depois do bate-papo, senti vontade de reler, assistir o filme não vale mais, não vou fazer a odiosa “Prova do Livro” antes do intervalo, minha vida hoje é só cabular aula de física, cago pra matemática, geometria, química e o escambáu. Mas porque estou falando isso afinal?
O que importa é que decidi ficar pra peça, pedi uma dose de conhaque, “acabou moço” ela disse. Realmente tava foda e não tinha nem um dreher pra descer macio e me reanimar, olhei para os vinhos, quem sabe podia pedir uma taça, só tinha Almadén, lá se vai mais cinco conto na latinha Bhrama 35 quilates. A peça em questão era “Diário das crianças do velho quarteirão” texto indicado ao prêmio Shell em 1998 (melhor texto), escrito e dirigido pelo Mário Bortolotto. A história se passa numa casa dividida por dois caras, aparentemente num esquema meio de república, o conflito entre o tocador de jazz e o desenhista de quadrinhos tem inicio quando uma personagem feminina (namoradinha do músico) passa a frequentar a casa. Pra ser bem direto, gostei pacas. Sobretudo dos ótimos diálogos, ácidos e politicamente INCORRETOS, Bortolotto transgride com muito estilo literário, e fala de Dostoiévski , Hemingway, Gil Gomes e Kenny G com total propriedade das suas convicções. Alguns Black-outs ocorrem durante o espetáculo, e mesmo assim ele não perde o fôlego. Achei os atores um pouco tímidos nas primeiras cenas, talvez possa ser só impressão, já que na metade do espetáculo, o realismo e a química entre eles era tão grande que nem prestei mais atenção nisso. Por outro lado, a densidade dos acontecimentos e as marcações intimistas, acabam forçando-os à acompanharem o ritmo das cenas de um jeito ou de outro. Me pareceu, assim como num “Entre quatro paredes” um daqueles raros casos em que nos deparamos com textos em que os atores não tem pra onde correr. A luz, e a trilha são de muito bom gosto, e estão diretamente ligados no universo do apartamento. Aliás muito ousada a cena em que temos um monólogo e uma música com letra, um blues feminino se não me engano, de fundo. O cenário bem como o figurino, está bem representado, simples, bem executado e funcional. Recomendo o rolê. Ótimo horário, bem localizado, fácil de chegar, de quarta à domingo e na bilheteria você paga o quanto quiser.
Bom é isso, chega de falar, tem uma porra de música do Nei Lisboa no “repet”, amanhã acordo cedo pra escrever e ainda quero começar a ver um Fellini, que é pra ver se o sono chega.
Alfred me ligou e acabou me convencendo, saí finalmente da Bat-caverna, fui pro tal bate-papo do Rubens Paiva no espaço “Cemitério de automóveis”. O cara além de ser super gente boa, pontuou com sinceridade vários momentos de sua carreira literária e teatral, seus acertos e suas (vamos chamar) precipitações.
Sei que pode parecer clichê citar “Feliz ano velho” mas foi o primeiro contato que tive com a escrita do Paiva, na época inclusive minha sala foi obrigada a ler, eu devorei, as meninas se esforçaram, umas até leram de verdade (todas elas que por sinal, se formariam em direito ou em jornalismo anos mais tarde) os meninos só leram a cena de sexo e bateram umas bronhas.Nessa época já tinha lido muita putaria na biblioteca, alias, foi lá mesmo, nos corredores amarelados da velha biblioteca da rodoviária, que eu descobri Henry Miller, Anais Nin, Rimbaud e Virgínia. Certa vez houve até um fato meio constrangedor, a bibliotecária me cutucou, chegou bem pertinho, limpando as lentes gordurosas de seu óculos na manga do casaco, e disse com ar de sacaninha “ Recebemos um livro novo, um livro que ninguém tem ainda, sua cara” . Ela, que tinha os dentes da frente muito tortos e mastigava pastilhas garoto a tarde toda, estendeu-me “ A casa dos budas ditosos”. Tudo isso pra falar que “Feliz ano velho” caiu muito precocemente nas minhas mãos , e numa época em que talvez eu não compreendesse direito o que aquele livro representasse para minha geração anterior, sim porque além de ter status de clássico, vendeu como água na época em que foi lançado.
Hoje depois do bate-papo, senti vontade de reler, assistir o filme não vale mais, não vou fazer a odiosa “Prova do Livro” antes do intervalo, minha vida hoje é só cabular aula de física, cago pra matemática, geometria, química e o escambáu. Mas porque estou falando isso afinal?
O que importa é que decidi ficar pra peça, pedi uma dose de conhaque, “acabou moço” ela disse. Realmente tava foda e não tinha nem um dreher pra descer macio e me reanimar, olhei para os vinhos, quem sabe podia pedir uma taça, só tinha Almadén, lá se vai mais cinco conto na latinha Bhrama 35 quilates. A peça em questão era “Diário das crianças do velho quarteirão” texto indicado ao prêmio Shell em 1998 (melhor texto), escrito e dirigido pelo Mário Bortolotto. A história se passa numa casa dividida por dois caras, aparentemente num esquema meio de república, o conflito entre o tocador de jazz e o desenhista de quadrinhos tem inicio quando uma personagem feminina (namoradinha do músico) passa a frequentar a casa. Pra ser bem direto, gostei pacas. Sobretudo dos ótimos diálogos, ácidos e politicamente INCORRETOS, Bortolotto transgride com muito estilo literário, e fala de Dostoiévski , Hemingway, Gil Gomes e Kenny G com total propriedade das suas convicções. Alguns Black-outs ocorrem durante o espetáculo, e mesmo assim ele não perde o fôlego. Achei os atores um pouco tímidos nas primeiras cenas, talvez possa ser só impressão, já que na metade do espetáculo, o realismo e a química entre eles era tão grande que nem prestei mais atenção nisso. Por outro lado, a densidade dos acontecimentos e as marcações intimistas, acabam forçando-os à acompanharem o ritmo das cenas de um jeito ou de outro. Me pareceu, assim como num “Entre quatro paredes” um daqueles raros casos em que nos deparamos com textos em que os atores não tem pra onde correr. A luz, e a trilha são de muito bom gosto, e estão diretamente ligados no universo do apartamento. Aliás muito ousada a cena em que temos um monólogo e uma música com letra, um blues feminino se não me engano, de fundo. O cenário bem como o figurino, está bem representado, simples, bem executado e funcional. Recomendo o rolê. Ótimo horário, bem localizado, fácil de chegar, de quarta à domingo e na bilheteria você paga o quanto quiser.
Bom é isso, chega de falar, tem uma porra de música do Nei Lisboa no “repet”, amanhã acordo cedo pra escrever e ainda quero começar a ver um Fellini, que é pra ver se o sono chega.
Foto: Gisela Schlögel |
Foto: Gisela Schlögel |
Foto: Gisela Schlögel |
O DIÁRIO DAS CRIANÇAS DO VELHO QUERTEIRÃO ÚLTIMA SEMANA
Texto, Direção, Sonoplastia: Mário Bortolotto
Iluminação: Marcelo Montenegro
Elenco: Renata Gaspar, Ralph Maizza e Thiago Pinheiro.
Operação Técnica: Marcelo Montenegro
Quarta a sábado - 21h
Domingo às 20h
A entrada é "pague quanto quiser" (com direito a um ingresso por pessoa). A bilheteria será aberta uma hora antes do espetáculo.
Até 29 de Abril
segunda-feira, 23 de abril de 2012
TRÊS TESTÍCULOS
I
Ensaio sobre a porra do amor
Aprendi que nós escritores só nos apaixonamos por sentenças,
linhas, parágrafos, metáforas e frases de efeito.
Não que falte em nós a capacidade de amar, pelo contrário,
transbordamos o amor, por isso ele esguicha tanto nas folhas vazias. E quando o
texto é pronto vivemos à carência de que massageiem nosso ego, essa é a forma
mais distorcida de amor que conhecemos.
Aprendi o des-amor afinal, e às duras penas me fecho da
paixão, para que ela não me fume, não me beba e não me destrua.
II
Fogo Paulista
Como um ladrão de casaca você abandonou minha cama
impregnando os lençóis de cheiro de Fogo paulista e romã
sei que foi só uma trepada, sei que você não me ama
Levou tudo de mim, pele, unha, fígado e Lexotan
Tomei naquela manhã meu porre mais amargo
a luz do sol tentou me incinerar
virei um inconsequente peixe pargo
achei que a vida fosse teatro e afoguei-me no mar.
III
Dramalhão sentimental
Meu amor azedou
virou carne decomposta
um copo de leite que talhou
um belo monte de
bosta
As varejeiras beijam meu pescoço
virei um fantasma
pele, osso
e miasma
A bílis, amarga crisálida
borboleta árida no peito
não sei se foi você que apodreceu
ou se fui eu
Que não soube amar direito
(Guilherme Junqueira)
quarta-feira, 18 de abril de 2012
MEU AMOR DE MAU HUMOR
Sempre
odiei meu pai
Até,
já pensei em mata-lo
nunca
olhou pra mim e disse “vai”
Mas
não, não seria inteligente envenena-lo
Queria
torturá-lo aos poucos
seu
“acorde” sempre foi fora de tom
sempre
desejei ser filho de outros
Não,
talvez mata-lo seja demais, afinal sempre fui um filho bom.
Sempre
sonhei em coloca-lo de castigo
quebrar
seus LP`s da Elis
tranca-lo
no banheiro, junto comigo
do
seu lado nunca fui feliz
Do lado dele já quis até morrer
só
pra vê-lo chorar
o
que será que o bebezão iria fazer?
Seria
ele capaz de amar?
Acho,
que estou ficando louco
Ou
talvez tenha me acostumado com pouco
ontem
mesmo me ligou, falou comigo
meu
pai agora, deseja ser meu amigo
Não
sei se posso
se
saio desse beco
não
sei se gosto ou não gosto
Meu
coração hoje, é seco
quinta-feira, 12 de abril de 2012
RIMINHAS PARA MEU AMOR CAFONA N°1
fazer umas mudanças
você vai ver
Eu vou quebrar o seu sorriso
cortar fora sua mão
vou raspar os seus cabelos
mastigar seu coração
Vou te prender dentro do forno
e ligar o gás
quando houver moscas ao seu entorno
desovo o cadáver no no cais
Vou chafurdar nas suas tripas
vou te empalhar
publicar suas confissões
te humilhar
Só pra ver
se você presta
Mais atenção em mim
quarta-feira, 4 de abril de 2012
La santa muerte 2
Pequena amostra do livro que está por vir, "La santa muerte" Fábio fábricio fabretti assina os textos, as ilustrações são minhas.
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