quarta-feira, 25 de abril de 2012

Dois poeminhas cafonas

TRISTES VERSOS DA PUTINHA INCORRIGÍVEL 

Tenho como certo que vivo um inverno fora de estação
ando meio calado
fazendo tempo pro desperdício geral da população
acho que até que tô quebrado

Pra você eu não passo de um botão travado
de máquina de pimball
elemento mal intencionado
latinha quente de Skol

E eu que ainda nem mijei minha cerveja
olha só que otário
já corri mais uma vez pra você, veja
não sou mais que uma putinha incorrigível mesmo...caralho





Ou caga...
E eu que nem sou Joana Dark acabei me queimando
na ponta do seu cigarro
e esse nó na garganta? um tumor se formando?
ou é só grosso pigarro?

Vem então meu Artaud
me tortura de uma vez
ou então desaparece, vai ler Foucault
beber leite Ninho e jogar xadrez

(Guilherme Junqueira)

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