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quinta-feira, 30 de agosto de 2012
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
PALE BLUE EYES
Ela foi criada pro limite
situações extremas
coleciona namorados suicidas
esmaltes com glitter
situações extremas
coleciona namorados suicidas
esmaltes com glitter
discos da Etta James
desenhos da Frida Kahlo
e bulas da tarja preta
Sua conversa
é interessante apenas para seu terapeuta
que é um senhor evangélico
coitado
um terapeuta que morre de medo do inferno
e pensa que os viados vão dominar o mundo
Ela balbucia a noite toda um mantra incompreensível
mas nem por isso sem sacralidade
ela fica lá, escondida atrás de garrafas vazias
e pedras de gelo
afogando as sereias
da sua dose diária de gasolina
Silêncio
ela é um fantasma, uma maldição
e mesmo assim ela fala
fala
fala
fala pelos cotovelos
pelas canelas finas
pela boca esquisita
fala os maiores absurdos
as escrotices mais escalafobéticas
e as incontestáveis verdades universais
Acelerada pela engrenagem da noite
pelos comprimidos para emagrecer
o conhaque antes do almoço
e a catuaba duma espelunca bela-vista
As estrelas que escapam do nariz entupido
denunciam sua caça viciada
A torneira fria
é testemunha do hábito secular
o espelho rasgado
o banheiro sujo
a porta obscena cheia de caralhinhos
e a amiga junkie derrubando o cigarro aceso
num lixinho vomitado de papéis brancos
Ela é uma vampira beatnik
uma pulp-girrrrrrrrl
Que apesar de seu poder X-men
(O poder de passar despercebida)
ela só dá pra poeta maldito
e só chupa diretor de teatro underground
gente muito culta e beberrona
mas nunca, nunca se apaixona por ninguém
E quem é que vai se dar o trabalho de se apaixonar por um fantasma?
Ontem mesmo ganhou uma camiseta do Velvet
descoloriu o cabelo
se entupiu de sonhos
e desfilou pela praça
Lôca
Lôca
Lôca pra caralho
Ficou hoooooooooras deslizando como garça
apaixonada por sombras
e projeções de anjos magros
rock stars
divas negras e gordonas cintilando Soul
e velhos gaitistas de New Orleans
Ela foi serpenteando pelas mesinhas de plástico
provocando ereções
em jornaleiros e jogadores de gamão
E ria, ria uma risada histérica
bruxa
e dançava jazz na calçada
e cantava uma do Cazuza baixinho
era uma noite especial
algumas horas atrás, no décimo quinto andar
Pale blue eyes havia recuado da janela
e decidido viver um pouco mais.
desenhos da Frida Kahlo
e bulas da tarja preta
Sua conversa
é interessante apenas para seu terapeuta
que é um senhor evangélico
coitado
um terapeuta que morre de medo do inferno
e pensa que os viados vão dominar o mundo
Ela balbucia a noite toda um mantra incompreensível
mas nem por isso sem sacralidade
ela fica lá, escondida atrás de garrafas vazias
e pedras de gelo
afogando as sereias
da sua dose diária de gasolina
Silêncio
ela é um fantasma, uma maldição
e mesmo assim ela fala
fala
fala
fala pelos cotovelos
pelas canelas finas
pela boca esquisita
fala os maiores absurdos
as escrotices mais escalafobéticas
e as incontestáveis verdades universais
Acelerada pela engrenagem da noite
pelos comprimidos para emagrecer
o conhaque antes do almoço
e a catuaba duma espelunca bela-vista
As estrelas que escapam do nariz entupido
denunciam sua caça viciada
A torneira fria
é testemunha do hábito secular
o espelho rasgado
o banheiro sujo
a porta obscena cheia de caralhinhos
e a amiga junkie derrubando o cigarro aceso
num lixinho vomitado de papéis brancos
Ela é uma vampira beatnik
uma pulp-girrrrrrrrl
Que apesar de seu poder X-men
(O poder de passar despercebida)
ela só dá pra poeta maldito
e só chupa diretor de teatro underground
gente muito culta e beberrona
mas nunca, nunca se apaixona por ninguém
E quem é que vai se dar o trabalho de se apaixonar por um fantasma?
Ontem mesmo ganhou uma camiseta do Velvet
descoloriu o cabelo
se entupiu de sonhos
e desfilou pela praça
Lôca
Lôca
Lôca pra caralho
Ficou hoooooooooras deslizando como garça
apaixonada por sombras
e projeções de anjos magros
rock stars
divas negras e gordonas cintilando Soul
e velhos gaitistas de New Orleans
Ela foi serpenteando pelas mesinhas de plástico
provocando ereções
em jornaleiros e jogadores de gamão
E ria, ria uma risada histérica
bruxa
e dançava jazz na calçada
e cantava uma do Cazuza baixinho
era uma noite especial
algumas horas atrás, no décimo quinto andar
Pale blue eyes havia recuado da janela
e decidido viver um pouco mais.
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
CORAÇÃO DE SASHIMI
Tem um chinesinho de merda dentro de mim, ele fica revirando
meu coração de um lado proutro com agulhas cumpridas (cirúrgicas) é como se o
músculo fosse um pedaço gordo de peixe ou algo assim, uns trezentos cavalos já
foram engolidos com o café da manhã, o pior já passou, eu digo pra mim mesmo
enquanto as agulhas fincam no meu peito, os cavalos selvagens que eu tenho de
silenciar, a montanha russa em que vivemos está mais pra roleta do que qualquer
coisa baby, a arma está carregada? Quando eu, no auge da minha loucura
atravessei a cozinha para toma-la de suas mãos ela estava carregada, não
estava? E você falando da garrafa de whisky que eu me livrei com uma descarga? você
que tem uma arma no guarda-roupa, pesadona e invocada, você que está do meu
lado e ao mesmo tempo contra mim, que me ama e me odeia, a dualidade está
presente na nossa relação bem como a tragédia que anda de mãos dadas cada vez
que você entra bebaço no carro, vamos comprar uma garrafa de Chandon, você
disse sorrindo, lindo alias, o carro sendo rebocado pela empresa de seguros, vamos
comemorar a vida, sobrevivemos! A placa em que batemos foi arremessada longe e
demoraram dias para recolocar outra no lugar, tudo ficou amassado e retorcido
mas você me amava pra caralho e tudo ficou bem, mas agora quando você sai sem
dizer adeus é assim que eu fico porra, amassado, retorcido e com o chinesinho de
merda revirando o sashimi gelado que eu tenho dentro do peito.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
TIM BURTUN, JOHN WATERS & BILLY WILDER
De prima gostaria de deixar bem claro, acho Tim Burtun um porre, um péssimo roteirista, não gosto, não adianta o cara é ruim mesmo mas em contra partida tem um invejável senso estético, pronto, agora
sim posso começar.
Serpente verde, sabor maçã, já me pegou pelo título, tava todo mundo falando da peça já, que era isso que era aquilo, fui ver na sexta passada e levei um susto, fiquei em choque a peça é boa pra caralho, o texto de Jô Bilac e Larissa Câmara conta as desventuras da Senhora G. (aliás, Lulu Pavarin está engraçadíssima no papel, hilária) bom, a Senhora G. é uma doida mas não uma doidinha qualquer, é uma doida digna de enlouquecer qualquer Napoleão de sanatório, mistura sonhos com realidade, conversa com xícaras e roseiras, Gloria Swanson em "Sunset Boulevard" é uma comparação adequada para o comportamento psicótico da personagem, que não satisfeita com sua loucura pessoal insiste em um peculiar senso de justiça em sua residência, a Senhora G. recebe suas visitas na sala, puxa o aparador e serve uma xícara de chá de maçã verde com conteúdo mortal, sim, depois de uma breve entrevista ela envenena suas visitas para mais tarde desovar os corpos no quintal debaixo de uma roseira, nem a Divine de John Waters (the filthiest person alive) no auge de sua carreira de crimes, nem ela foi capaz dessa idéia brilhante. A direção do delicioso espetáculo é de Lavínia Pannuzio, e a tal estética é um capítulo à parte, figurinos detalhistas, iluminação fluida e uma cenografia de encher os olhos, gostei muito e vou mais uma vez antes da temporada acabar, contando com a de hoje, só tem mais quatro apresentações em São Paulo.
Serpente verde, sabor maçã, já me pegou pelo título, tava todo mundo falando da peça já, que era isso que era aquilo, fui ver na sexta passada e levei um susto, fiquei em choque a peça é boa pra caralho, o texto de Jô Bilac e Larissa Câmara conta as desventuras da Senhora G. (aliás, Lulu Pavarin está engraçadíssima no papel, hilária) bom, a Senhora G. é uma doida mas não uma doidinha qualquer, é uma doida digna de enlouquecer qualquer Napoleão de sanatório, mistura sonhos com realidade, conversa com xícaras e roseiras, Gloria Swanson em "Sunset Boulevard" é uma comparação adequada para o comportamento psicótico da personagem, que não satisfeita com sua loucura pessoal insiste em um peculiar senso de justiça em sua residência, a Senhora G. recebe suas visitas na sala, puxa o aparador e serve uma xícara de chá de maçã verde com conteúdo mortal, sim, depois de uma breve entrevista ela envenena suas visitas para mais tarde desovar os corpos no quintal debaixo de uma roseira, nem a Divine de John Waters (the filthiest person alive) no auge de sua carreira de crimes, nem ela foi capaz dessa idéia brilhante. A direção do delicioso espetáculo é de Lavínia Pannuzio, e a tal estética é um capítulo à parte, figurinos detalhistas, iluminação fluida e uma cenografia de encher os olhos, gostei muito e vou mais uma vez antes da temporada acabar, contando com a de hoje, só tem mais quatro apresentações em São Paulo.
foto: Gisela Schögel |
serviço:
SERPENTE VERDE, SABOR MAÇÃ
Local: Espaço Parlapatões
End: Praça Roosevelt, 158 - Consolação
Horários: quintas e sextas às 21 horas
Telefones: 93258-4449
Local: Espaço Parlapatões
End: Praça Roosevelt, 158 - Consolação
Horários: quintas e sextas às 21 horas
Telefones: 93258-4449
Valor: R$ 30,00 R$ 15,00
IL VIAGGIO
Ontem fui ver "Il Viaggio", a direção é de Pedro Granato e o texto é de Marcelo Rubens Paiva (que ontem ficou um tempão insistindo que eu era um jogador de futebol chamado Guerrero, alguém conhece?) enfim, o texto é baseado num
serviço:
Local: Espaço Parlapatões
End: Praça Roosevelt, 158 - Consolação
Datas: de 14 de agosto a 5 de setembro de 2012
Horários: terças e quartas às 21 horas
Telefones: 93258-4449
Preço R$ 20,00 inteira R$ 10,00 meia
roteiro inédito de Federico Fellini, parece que é um projeto de 65 que o cara nunca realizou, uma pena porque a peça tá muito fudida, um casamento perfeito entre a agilidade do Marcelo com o lúdico/ esotérico do Fellinão, impossível um fã do diretor italiano não reconhecer alí as chaves de sua obra, tá tudo ali muito explícito no palco, as matronas italianas, as madres católicas, as santas, as putas e toda aquela extensa galeria de personagens bizarros bem conhecidos pelo público. A história é tipo assim: um avião cai numa vila italiana esquisita pra caralho, só gente loca mesmo e o violoncelista, Mastorna, sobrevivente do desastre aéreo começa a perambular pela cidade misteriosa em busca de ajuda, é aí que ele embarca numa viagem confusa de sonhos, pesadelos e inquietações.
O cenário é bem resolvido e atende todas as necessidades do texto exigente, a luz é funcional e os atores alcançam os signos Fellinianos sem parecerem caricatos, a projeção de trechos de filmes usada em momentos pontuais trabalha à favor do espetáculo (quase chorei quando vi Giulietta Masina sendo projetada, como ela era linda meu Deus) tudo é harmônico no espetáculo, super recomendo o rolê e pra quem curtiu, corre porque é até dia 5 só.
serviço:
Local: Espaço Parlapatões
End: Praça Roosevelt, 158 - Consolação
Datas: de 14 de agosto a 5 de setembro de 2012
Horários: terças e quartas às 21 horas
Telefones: 93258-4449
Preço R$ 20,00 inteira R$ 10,00 meia
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
KING SNAKE BLUES
Estou virando uma cobra
uma serpente bem escrota e nojetona
cuidado baby!
Já comi muito boi poraí
manadas
estou agora de papo pro ar
ouvindo John Lee Hooker
numa REHAB pra ofídios
só observando jugulares enquanto descanso
pernas & braços
cheias de sangue e colesterol
artérias entupidas de fumaça e cocaína
tô fabricando veneno sim, e daí?
Dulce Veneno
enquanto palito os dentes
com ossos pontudos
de cordeirinhos
aranhas de binóculos e ratos de chapéu
que se perderam nos bueiros do centro
em quartos alugados do Bixiga
em mesas de sinuca com bolas repetidas
em porões infectos de fé-xônistas
bombadões
balas, barbitúricos e música poperô
nos bares mais escuros de tecnobrega
nas doses de catuaba selvagem
nas gôndolas do mercado 24h
e na mesa branca do pó macumbado
Estou virando uma puta cobra baby
uma cobrona fria e letal
até tentei serumano
mas a vida é mais fácil quando se tem presas
e veneno verde
babado da boca.
UMA MÚSICA PRA MEDUSA
DIVA UNDERGROUD
RITA VON TEESE
A MEDUSA DE RAYBAN
SOLTOU SUAS COBRAS
NA PISTA DO ANTIGO PUTERO
GIROU GIROU NO CANO
SORRIU PARA BRUXAS E FANTASMAS
CANTOU SEU BODE
DEPOIS FALOU FALOU FALOU
ATÉ AS NOVE DA MATINA
QUANDO ELA PEDIU A SAIDERA
UMA DOSE DE FOGO POR FAVOR!
GIROU GIROU NO CANO
SORRIU PARA BRUXAS E FANTASMAS
CANTOU SEU BODE
DEPOIS FALOU FALOU FALOU
ATÉ AS NOVE DA MATINA
QUANDO ELA PEDIU A SAIDERA
UMA DOSE DE FOGO POR FAVOR!
sábado, 18 de agosto de 2012
DOROTHY DROGADA
Ontem a lua trepavem leão
Rugia
mastigando pedaços
e depois se desfazendo
explodindo em ácidisteria
Dorothy subiu AUGUSTA
e toda prosa
elandava
a rua de tijolos amarelos
Avanhandava
até salto vermelho ela calçou
fugia dum tornado de faz de conta
duma bruxa cafona e vulgar que já fez de tudo
um espantalho queimado por uma ponta
um homem que o whisky enferrujou
também tinha um cachorro esquisito
locão lambendo as feridas
sobrevivente de atropelamentos
esses eram seu amigos
E toda noite
A morte a convida pra dançar
let`s dance
Dorothy
put on your
red shoes
and dance
the blues
a dança final
e tudo vai virando pó branquinho
a pista some
e desaba
em coreografia
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
CAVALOS SELVAGENS -STONES-
A infância é algo fácil de viver
As coisas que você queria eu trouxe pra você
Dama sem graça, você sabe quem eu sou
Você sabe que não posso deixar você deslizar pelas minhas mãos
Cavalos selvagens não conseguiriam me carregar embora
Selvagens, cavalos selvagens não conseguiriam me carregar embora
Eu assisti você sofrer uma dor lancinante
Agora você decidiu me mostrar o mesmo
Nenhuma saída ligeira ou falas nos bastidores
Podem me fazer sentir amargurado ou lhe tratar com grosseria
Cavalos selvagens não conseguiriam me carregar embora
Selvagens, cavalos selvagens não conseguiriam me carregar embora
Eu sei que eu sonhei para você um pecado e uma mentira
Eu tenho minha liberdade mas não tenho muito tempo
Fé foi quebrada lágrimas precisam ser choradas
Vamos viver algo depois de morrermos
Cavalos selvagens não conseguiriam me carregar embora
Selvagens, cavalos selvagens não conseguiriam me carregar embora
Cavalos selvagens não conseguiriam me carregar embora
Selvagens, cavalos selvagens cavalgaremos neles um dia
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
SACO DE RATOS NO DIVVINA ROCK CLUB DOMINGO DIA 19/8
ATENÇÂO RATOS E RATAZANAS DO ROCK, IMPREVISTOS NOS OBRIGARAM A CANCELAR A FESTA NO Divina ROCK CLUB DO DIA 18/8 (PRÓXIMO SÁBADO) A FESTA FOI TRANSFERIDA PARA O DIA SEGUINTE (DOMINGO) 19/8.
A PISTA ABRE A PARTIR DAS 22:30 HRS, LET`S ROCK NO DOMINGO!
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
UM TIRO NA BOCA
Aí o Marião me fala, vai chorar hein Guilhermão,
olha não chorei, acho que sou um alien mesmo, coração gelado do caralho mas
faltou pouco cara, bem pouco mesmo, vi garotas atravessando o teatro em
prantos, olha só o Mário faz o público desabar, Régis o faz-tudo do Cemitério
comentou, não podia deixar passar essa.
Homens santos e desertores, segue a tradição das peças
que a antecedem na mostra “Artes do subterrâneo” que comemora os 30 anos do
grupo “Cemitério de automóveis”, tecnicamente é impecável, precisa, a direção e
a luz são da Fernanda D`umbra que como o próprio nome já diz, permeia na
penumbra e na baixa resistência, já conhecia o texto, motivo talvez de não me
perder em lágrimas, já sabia o que esperar e mesmo assim permaneci surpreso, suspenso,
estático, um soco no estômago, não, soco no estômago soa muito lugar comum, um
tiro na boca é mais a cara do espetáculo. Gabriel Pinheiro e Mário Bortolotto
estão em atuações vicerais, alcançam alí, em cena níveis extremos, o texto
ganha uma realidade assustadora e te engole na cadeira, é um texto para
escritores, haviam me dito durante uma cervejada na Mercearia São Pedro,
gostaria de poder dizer: a peça é sobre
isso ou aquilo, mas a peça é sobre tanta coisa, solidão, juventude, medo,
conflito de gerações, conflitos, conflitos conflitos e uma luz bem fraquinha no
final do túnel... engraçado ver essa peça agora que terminei de ler “Animais em
extinção” do Marcelo Mirisola, ela é citada num capítulo, a seguinte frase: “
Vai fazer, o que tem de ser feito, garoto” está na página 46 do livro que entre
muitos acontecimentos narra algumas curiosidades da temporada de 2003 espetáculo, apresentado num
teatrinho alugado na Conselheiro Ramalho. Engraçado ver essa peça ontem também,
em pleno dia dos pais, impossível não se emocionar, mesmo eu, coração gelado
que sou, não chorei mas fiquei grudado na cadeira, paralisado quando a luz se
acendeu para a platéia e a peça terminou sem aplausos.
Texto: Mário Mario Bortolotto
Direção e iluminação: Fernanda D`umbra
Com Mário Botolotto e Gabriel pinheiro
Quando? De quarta à sábado às 21:00 e domingo às 20:00 (sendo que dias 15 e 1 não haverão apresentações)
Onde? Estação Caneca, r. Frei Caneca 384, metro consolação
Quanto? PQP (pague quando puder) só retirar 1h antes
domingo, 12 de agosto de 2012
A CRIATURA DA NOITE
Foi acorrentada no balcão do bar
joga sinuca com Circe
em bocas sombrias do centro
fuma Haxixe com Baudelaire
e mija num muro qualquer
da praça Roosevelt
ao lado de Henry Miller
e do vendedor de milho na manteiga
A criatura da noite
canta cazuza
pra Rita Medusa
que caga para Ulysses
e ama Roberto Piva
Já foi para o limbo com Lilith
para a igreja com Satã
e pro putero com meia dúzia de amigos
A criatura da noite
arrota cerveja em copos de plástico
dança set`s inteiros de trilhas do Tarantino
em pistas escuras do baixo-augusta
e já viu a morte cara à cara
e já viu o rabão da vida
quando esta lhe deu às costas
A criatura da noite
mora dentro do espelho do banheiro
os espelhos quebram
mas não mentem jamais
a criatura de olhos vermelhos
queimados
sou eu, às 6h da manhã
cagando de sono
e triste pra caralho
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praça roosevelt,
roberto piva,
Ulysses
terça-feira, 7 de agosto de 2012
NOITE IMPROVÁVEL
Acordei ouvindo gaitas, sabia que ia dar nisso, a trilha do esquenta foram várias do Celso Blues Boy antes de sair, as melhores, duas garrafas de vinho e já era tarde da noite quando encaramos uma subida na augusta, a rua vazia, nem as putas queriam trabalhar, São Paulo é uma mentira, ela dizia exaltada ao meu lado, estávamos famintos por uma noite de aventuras, queríamos que a noite não tivesse fim, viramos dois vampiros paulistas, eu disse enquanto ela apagava o cigarro e fazia dancinha, o Junkebox estava funcionando, e todos foram obrigados a escutar uma intensa seleção de rock`n roll.
domingo, 5 de agosto de 2012
COISAS ERÓTICAS
Meu irmão Fábio Fabrício Fabretti lançou ontem em SÃO PAU, sobre a lua mais sexy e phoderosa do ano e umas goladas na minha garrafa de Jack, a biografia da atriz Jussara Calmon, só de folhear o livro já achei ducaralho, capitulos intitulad
os "A quenga Ruiva", " A Genitália desnuda" e "tchaca-tchaca na butchaca" já renderam uma leitura rápida, e as fotos então? Dignas da imagem de pin-up underground que Jussara passava na época dos seus filmes mais babilônicos del fuego.
Triste mesmo é constatar a Falta ousadia e coragem nas atrizes brasileiras atuais, num tempo em que a internet caminha junto com o cinema e com a Tv para um nuclear “encaretamento global” e as noticias tem prazo de validade, nós somos obrigados à aturar as novas “pseudo-estrelas” da novela das 20h, todas elas formadas em teatros de shopping e sem o mínimo para exercer o básico. Houve um tempo, em que as coisas eram diferentes, o DRT ainda não existia e os brasileiros viviam ainda os resvalos da pílula e o frisson do pó, todos se chacoalhavam nas Danceterias embaladas pela disco-music. Houve nessa época um filme proibido, o tal "Coisas Eróticas", chanchada de primeiríssima qualidade aliás, Jussara foi, ao meu, ver uma atriz corajosa e vanguardista que se dispôs a chegar onde nenhuma outra atriz Brasileira contemporânea à sua época jamais chegou. É importante ressaltar também que mais tarde ainda haveria de trabalhar com Francisco Cavalcanti e o genial Neville D`Almeida no antológico Rio Babilônia, que eu pessoalmente considero o “La dolce Vita” carioca.
Quer saber mais baby? Compra o livro, acabou saindo pela mesma editora que lançou os meus dois primeiros, a Giostri Editora.
Triste mesmo é constatar a Falta ousadia e coragem nas atrizes brasileiras atuais, num tempo em que a internet caminha junto com o cinema e com a Tv para um nuclear “encaretamento global” e as noticias tem prazo de validade, nós somos obrigados à aturar as novas “pseudo-estrelas” da novela das 20h, todas elas formadas em teatros de shopping e sem o mínimo para exercer o básico. Houve um tempo, em que as coisas eram diferentes, o DRT ainda não existia e os brasileiros viviam ainda os resvalos da pílula e o frisson do pó, todos se chacoalhavam nas Danceterias embaladas pela disco-music. Houve nessa época um filme proibido, o tal "Coisas Eróticas", chanchada de primeiríssima qualidade aliás, Jussara foi, ao meu, ver uma atriz corajosa e vanguardista que se dispôs a chegar onde nenhuma outra atriz Brasileira contemporânea à sua época jamais chegou. É importante ressaltar também que mais tarde ainda haveria de trabalhar com Francisco Cavalcanti e o genial Neville D`Almeida no antológico Rio Babilônia, que eu pessoalmente considero o “La dolce Vita” carioca.
Quer saber mais baby? Compra o livro, acabou saindo pela mesma editora que lançou os meus dois primeiros, a Giostri Editora.
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