Foi acorrentada no balcão do bar
joga sinuca com Circe
em bocas sombrias do centro
fuma Haxixe com Baudelaire
e mija num muro qualquer
da praça Roosevelt
ao lado de Henry Miller
e do vendedor de milho na manteiga
A criatura da noite
canta cazuza
pra Rita Medusa
que caga para Ulysses
e ama Roberto Piva
Já foi para o limbo com Lilith
para a igreja com Satã
e pro putero com meia dúzia de amigos
A criatura da noite
arrota cerveja em copos de plástico
dança set`s inteiros de trilhas do Tarantino
em pistas escuras do baixo-augusta
e já viu a morte cara à cara
e já viu o rabão da vida
quando esta lhe deu às costas
A criatura da noite
mora dentro do espelho do banheiro
os espelhos quebram
mas não mentem jamais
a criatura de olhos vermelhos
queimados
sou eu, às 6h da manhã
cagando de sono
e triste pra caralho
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